A jovem do retrato, que se assina Maria Elvira Gramacho, parecia comemorar naquele 30 de maio de 1917 algum fato importante de sua vida, fato que
terá merecido procurar o tradicional estúdio fotográfico lisboeta de J. Fernandes,
à rua do Loreto, 43, 1º (próximo à praça Luiz de Camões, no Chiado).
Maria Elvira teria então, pelo que a imagem permite avaliar,
em torno de 25 anos. De acordo com as narrativas orais transmitidas por seu
primo, Amilcar Simões Gramacho (1888-1948), que tinha a foto em seu acervo, ela
seria filha de José Anacleto Gramacho, e neta paterna de Quintino Anacleto Gramacho,
da Maia, Porto, e Joanna Rosa da Silva, de Azurém, Guimarães.
Pelo que se encontrou nos arquivos paroquiais da Torre do
Tombo, sabe-se que José Anacleto casou-se em Lisboa, freguesia de Beato, em
1905, com D. Adriana Estevan Ramos. Ainda de acordo com esse registo, ele tinha
41 anos, era solteiro e empregado público. A esposa, Adriana, de 38 anos, era
viúva e tinha uma filha do primeiro casamento, nascida em 1884, de nome Regina
Elisa Estevão Ramos, mais tarde casada com Henrique Chatelanaz, de quem adotou
o sobrenome.
E nada mais se sabe sobre Maria Elvira e sobre seus pais.